Ventilação na avicultura de corte: o segredo por trás de um plantel saudável e produtivo

A ventilação na avicultura de corte é um daqueles fatores que parecem simples à primeira vista, mas fazem toda a diferença no resultado final da produção. Quem trabalha no setor, sabe: manter o ambiente ideal dentro do aviário não é apenas uma questão de conforto, é uma questão de sobrevivência e rentabilidade. 

Afinal, o bem-estar das aves influencia diretamente o ganho de peso, a conversão alimentar e até a taxa de mortalidade. E tudo isso depende, em grande parte, de um bom sistema de ventilação.

Em um país tropical como o Brasil, onde as variações climáticas são intensas e os verões cada vez mais quentes, o conforto térmico das aves precisa ser tratado como prioridade. Mais do que um detalhe técnico, ele é um componente essencial da eficiência produtiva e da sustentabilidade econômica da granja. 

A boa notícia é que existem estratégias práticas e tecnológicas que ajudam o produtor a manter a temperatura sob controle, e é sobre elas que vamos falar neste artigo.

A importância da ventilação na avicultura de corte

A avicultura de corte é uma das atividades mais sensíveis às variações do ambiente. As aves, especialmente os frangos de corte, possuem metabolismo acelerado e são extremamente suscetíveis ao calor. 

Quando a temperatura sobe além do ideal, elas reduzem o consumo de ração, bebem mais água e passam a gastar energia tentando equilibrar o corpo. O resultado? Menor ganho de peso e produtividade.

Por outro lado, um ambiente frio ou com correntes de ar descontroladas também traz prejuízos: as aves podem se aglomerar em busca de calor, o que pode aumentar a mortalidade e favorecer doenças respiratórias. 

Por isso, a ventilação atua como um sistema de “respiração” do aviário — regulando temperatura, removendo gases tóxicos e garantindo o conforto térmico das aves em qualquer fase de crescimento.

De forma resumida, um bom sistema de ventilação ajuda a:

Controlar a temperatura e a umidade interna;

Reduzir o acúmulo de amônia e dióxido de carbono;

Melhorar a oxigenação do ambiente;

Evitar o estresse térmico;

Garantir crescimento uniforme e produtividade do lote.

Tipos de ventilação utilizados em aviários

O tipo de sistema de ventilação ideal depende de diversos fatores, como clima local, tamanho do galpão e densidade das aves. No entanto, há três modelos principais utilizados na avicultura de corte: natural, forçada e negativa.

Ventilação natural

É o método mais simples e tradicional. Baseia-se na entrada e saída do ar através de aberturas laterais e cortinas reguláveis. Funciona bem em regiões de clima ameno e em aviários menores. 

Seu ponto positivo é o baixo custo de instalação e manutenção. Porém, sua eficiência depende muito das condições externas, o que pode ser um desafio em locais muito quentes ou úmidos.

Ventilação forçada

Aqui, o movimento do ar é controlado por ventiladores estrategicamente posicionados. Eles ajudam a circular o ar mesmo quando não há vento natural, mantendo a temperatura mais estável. 

É um sistema intermediário, muito usado em aviários de médio porte, que permite ajustes mais precisos no fluxo de ar.

Ventilação negativa

Considerada a mais eficiente e moderna, a ventilação negativa cria uma pressão interna menor que a externa, puxando o ar fresco para dentro do galpão por entradas controladas. Isso garante fluxo contínuo e uniforme, proporcionando o melhor conforto térmico das aves, principalmente em regiões quentes. 

É o modelo mais indicado para aviários de alta densidade e produção intensiva, embora exija investimento inicial maior e manutenção constante.

Fatores que influenciam a eficiência da ventilação

Mesmo com um bom sistema de ventilação, o desempenho pode ser comprometido se outros fatores não forem bem manejados. Temperatura, umidade, densidade populacional e até a idade das aves interferem diretamente na eficiência do processo.

Temperatura e umidade: a temperatura ideal para frangos de corte varia de acordo com a idade. Pintinhos, por exemplo, precisam de cerca de 32 °C nos primeiros dias, enquanto aves adultas se desenvolvem melhor entre 21 °C e 25 °C. Já a umidade ideal gira em torno de 50% a 70%;

Densidade populacional: quanto maior o número de aves por metro quadrado, maior será a produção de calor e gás carbônico. Isso exige ventilação mais intensa para evitar o superaquecimento;

Idade das aves: a capacidade de termorregulação das aves jovens é limitada. Portanto, o manejo do ar deve ser gradual, ajustando a velocidade e a direção do fluxo conforme o crescimento do lote;

Condições estruturais do aviário: o tipo de cobertura, isolamento térmico, disposição das cortinas e altura do galpão influenciam diretamente na forma como o ar circula. Um projeto bem planejado é o primeiro passo para garantir a eficiência da ventilação.

Princípios de manejo para uma boa ventilação

Manter o ar circulando de forma eficiente exige mais do que equipamentos — requer manejo consciente e observação constante.

► Ajuste de ventiladores e cortinas: o posicionamento e a quantidade dos ventiladores devem ser calculados com base na área e no volume do galpão. Cortinas laterais devem ser ajustadas conforme o clima e a direção do vento, evitando correntes diretas sobre as aves;

Entradas de ar bem dimensionadas: a entrada do ar deve ser feita de modo a misturar o ar frio com o quente, evitando choques térmicos. Em sistemas automáticos, sensores de temperatura e umidade ajudam a regular essas trocas com precisão;

Controle automatizado: muitas granjas utilizam sistemas automatizados que ajustam ventilação, aquecimento e nebulização em tempo real. Além de reduzir erros humanos, essa tecnologia melhora o controle ambiental e reduz desperdícios de energia;

Monitoramento contínuo: a observação diária do comportamento das aves é fundamental. Se elas se agrupam ou se afastam dos ventiladores, algo precisa ser ajustado. O olhar atento do produtor continua sendo o melhor “sensor” do aviário.

Consequências da ventilação inadequada

Ignorar o manejo da ventilação pode sair caro. A má circulação do ar provoca estresse térmico, reduz o apetite das aves e compromete o desenvolvimento. Em casos extremos, pode causar mortalidade em massa — especialmente durante ondas de calor.

Além disso, a alta concentração de amônia e gases tóxicos agride o sistema respiratório das aves, favorecendo doenças como bronquite infecciosa e colibacilose. E não é só o plantel que sofre: o desempenho zootécnico cai, o tempo de abate aumenta e os custos de produção disparam.

Portanto, investir em ventilação eficiente não é um luxo, é uma medida de proteção à produtividade e à saúde financeira da granja.

Gestão de riscos e proteção na avicultura

Mesmo com o melhor manejo, a avicultura de corte ainda está sujeita a riscos imprevisíveis. Quedas de energia, falhas nos ventiladores, tempestades e altas temperaturas podem comprometer toda a produção em questão de horas. E quando isso acontece, os prejuízos podem ser enormes.

É por isso que o seguro agropecuário tem ganhado espaço entre produtores. Ele funciona como uma rede de segurança, cobrindo perdas decorrentes de eventos climáticos, danos a equipamentos e até mortalidade das aves. 

Em situações de emergência, o seguro permite que o produtor recupere os investimentos e mantenha a operação em funcionamento.

Mais do que um requisito técnico, a ventilação na avicultura de corte é uma ferramenta estratégica para garantir o sucesso da produção. Ela influencia diretamente o desempenho das aves, o consumo de ração e a qualidade do ambiente — fatores decisivos para a rentabilidade e a sustentabilidade do negócio.

Cuidar do conforto térmico das aves é cuidar da produtividade. E, junto com um bom manejo e planejamento estrutural, o seguro avícola surge como aliado indispensável para proteger o trabalho de quem investe e vive da produção de frango.

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O seguro avícola oferece cobertura específica para a realidade das granjas brasileiras, ele protege contra danos causados por falhas estruturais, incêndios, curtos-circuitos e outros imprevistos que possam afetar a produção. 

Com ele, você conta com cobertura contra mortes de aves, danos a equipamentos e estruturas, além de respaldo diante de imprevistos climáticos ou acidentais. Saiba mais sobre esse tipo de seguro clicando neste link.

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