Morte de galinhas em aviários: quais são as principais causas das perdas de aves nos plantéis? 

A avicultura brasileira ocupa papel central no agronegócio nacional. Anualmente, 14,8 milhões de toneladas de carne de frango são produzidas pelo país, além de ovos e outros produtos produzidos em larga escala para consumo nacional e internacional.

Estando à frente dos maiores países produtores de galinha do mundo, o Brasil ocupa a posição de principal produtor e exportador do produto. Somente em 2024, mais de 560 mil toneladas foram exportadas.

Os dados mostram a força e importância do setor, que também contribui para a economia e geração de empregos.

No entanto, a atividade tem enfrentado um desafio crescente e preocupante: as perdas significativas de aves dentro dos aviários. 

Fatores climáticos, falhas técnicas e questões sanitárias vêm se tornando recorrentes, colocando em risco a produtividade das granjas e o equilíbrio financeiro de muitas propriedades.

Neste artigo, listamos os principais motivos que provocam a morte de galinhas em aviários brasileiros. 

O objetivo é levantar as causas mais comuns e fornecer um panorama realista sobre os riscos enfrentados atualmente pelos produtores, incentivando uma atenção e cuidado mais rigorosos por parte dos produtores.

Boa leitura!

1. Climas extremos e eventos imprevisíveis 

Nos últimos anos, o número de eventos climáticos extremos tem aumentado em diversas regiões do país. 

Das altas às baixas temperaturas, chuvas torrenciais e a presença de tornados são alguns dos exemplos que vêm se tornando cada vez mais frequentes no Brasil e no mundo. 

De acordo com estudo feito entre o Programa Maré de Ciência da Universidade Federal de São Paulo em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, UNESCO e Fundação Grupo Boticário, os desastres climáticos triplicaram na última década, afetando não apenas a população como, também, produtores rurais por todo o país.

Esses eventos acendem um alerta para que produtores avícolas estejam mais preparados para lidar com as eventualidades e os prejuízos financeiros que podem chegar ao plantel de galinhas. 

Alagamentos e vendavais, por exemplo, podem comprometer a ventilação, provocar desabamentos parciais e afetar diretamente a sobrevivência das aves.

Além da morte de galinhas, as mudanças extremas do clima também colocam em risco a integridade das estruturas dos aviários, muitas vezes projetadas para condições climáticas mais estáveis.

2. Falhas em equipamentos e panes elétricas 

A estrutura de um aviário moderno depende de equipamentos essenciais para ventilação, aquecimento e controle de iluminação. 

Uma queda de energia ou pane em qualquer um desses sistemas pode resultar em sofrimento térmico para as aves e, consequentemente, em perdas rápidas e em larga escala. 

Giovanni Balen, diretor comercial de agronegócios da Alper Seguros, ressaltou em entrevista que o Paraná é um dos estados que mais enfrenta quedas de energia e danos elétricos, impactando a continuidade da produção aviária.

A ausência de manutenção em geradores, bombas de poço, placas solares, sistemas de climatização e outros equipamentos reduz a segurança da operação. 

Em situações onde não há redundância operacional, a recuperação do ambiente interno é lenta — o que impacta diretamente na morte das galinhas.

3. Doenças e contaminações 

O controle sanitário é um dos pilares da avicultura, mas surtos infecciosos continuam entre os principais responsáveis pelas mortes de galinhas em aviários.

A gripe aviária, a salmonelose e outras doenças respiratórias ou entéricas se espalham rapidamente em ambientes com alta densidade populacional e ventilação inadequada. 

Contaminações cruzadas entre galpões, falhas no manejo, na limpeza de equipamentos e no controle térmico agravam o cenário. 

Uma vez iniciado o surto, a velocidade de propagação exige ação imediata para contenção — o que nem sempre é possível.

4. Incêndios acidentais e danos estruturais ao aviário 

Outro fator que pode comprometer gravemente a integridade das aves é o risco de incêndios. Curto-circuitos, superaquecimento de equipamentos ou acúmulo de materiais inflamáveis podem resultar em incêndios que se espalham rapidamente pelos galpões. 

O impacto pode ser devastador tanto para a vida das aves quanto para a estrutura física da granja.

Além disso, estruturas mal dimensionadas ou deterioradas estão mais suscetíveis a desmoronamentos parciais ou totais, especialmente sob a influência de chuvas fortes ou ventos intensos. 

Esses acidentes comprometem o funcionamento da granja e representam risco direto à operação e à segurança dos animais.

O impacto financeiro da perda de aves para o produtor 

O prejuízo com a morte de galinhas vai além da interrupção da produção aviária. Os produtores de aves precisam lidar com:

Comprometimento do fluxo de caixa e da operação: a perda repentina de parte ou totalidade de um lote impacta diretamente no faturamento da granja, dificultando o pagamento de fornecedores, funcionários e demais compromissos financeiros.

Maior vulnerabilidade para pequenos e médios produtores: produtores com menor capacidade de capitalização enfrentam mais dificuldades para reagir às perdas, ficando expostos ao risco de descontinuidade da atividade.

Custos adicionais com descarte, limpeza, reposição e sanitização: além da perda produtiva, há custos operacionais extras com a remoção das aves, limpeza do aviário e necessidade de renovação dos lotes — o que eleva o impacto financeiro.

Prejuízo direto no ciclo de produção e na entrega da safra: interrupções no cronograma da granja afetam a entrega aos compradores, podendo gerar perdas contratuais, quebra de acordos e redução da competitividade no mercado.

Dificuldade de recuperação sem proteção contratada ou apoio técnico especializado: sem um seguro específico ou orientação especializada, o produtor pode levar ciclos inteiros para se recuperar, o que reduz sua margem e capacidade de crescimento.

A morte de galinha dentro dos aviários são resultado de múltiplos fatores, cada vez mais frequentes na realidade da produção. Monitoramento técnico, investimento em estrutura e atenção aos riscos externos são caminhos possíveis para mitigar danos. 

O que você tem feito pelo seu plantel de galinhas?

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