
Quem vive do campo sabe que plantar, criar ou colher vai muito além do manejo diário. Em cada safra ou ciclo produtivo, existe uma grande expectativa: transformar esforço em produtividade, e produtividade em rentabilidade.
Mas basta um evento climático severo, um acidente inesperado ou uma falha técnica para que a produção seja afetada e o prejuízo se instale.
Diante desse cenário, o seguro para lavoura deixa de ser uma opção complementar para se tornar uma ferramenta essencial de continuidade do plantio.
Essa apólice pode funcionar como um suporte financeiro diante de perdas severas, proteção patrimonial e tranquilidade para seguir produzindo, mesmo diante dos imprevistos.
Neste artigo, falamos sobre as culturas que podem ser contempladas no seguro, quais são as diferenças contratuais das principais monoculturas do país, como o seguro é acionado na prática e quais são os itens comumente solicitados nas amostragens de perdas diante do acionamento de sinistros.
Boa leitura!
O que é o seguro para lavoura?
O seguro para lavoura é uma apólice contratada por produtores rurais com o objetivo de cobrir perdas causadas por eventos climáticos adversos e incêndios acidentais. .
Com ele, o agricultor tem direito a receber uma indenização para lidar com o prejuízo – de acordo com a cobertura contratada, garantindo capital para manter a operação e viabilizar novos ciclos produtivos.
Esse contrato é feito para o produtor enfrentar os riscos em todas as etapas da produção, do ciclo de crescimento da cultura até sua colheita.
Quais são as coberturas básicas do seguro para lavoura?
Com maior incidência nas plantações brasileiras, a cobertura básica do seguro agrícola contempla os sinistros advindos de eventos climáticos.
Trombas d’água e chuvas excessivas, secas, geadas, granizo, ventos fortes e variações excessivas de temperatura fazem parte da cobertura desta apólice.
Outros eventos adversos podem ocorrer e ocasionar em perdas financeiras do produtor rural, como os provocados por incêndios acidentais, sendo essa situação também considerada como parte da cobertura básica.
► Para os cenários acima, na maioria dos casos, o seguro passa a vigorar quando o plantio alcança o estágio V3 vegetativo, ou seja, somente quando 70% das plantas da lavoura atingem 15 cm de altura.
O contrato desta apólice também pode contar com proteção financeira para o replantio, garantindo ao produtor rural o apoio necessário para arcar com os prejuízos oriundos de eventos climáticos que, por ventura, podem afetar a plantação nas fases iniciais, do plantio à germinação da semente – a depender da seguradora escolhida.
Quais culturas podem ser seguradas?
O seguro para lavoura pode ser contratado para diversas culturas, com destaque para:
► Grãos: seguro para soja, seguro para milho, seguro para feijão, seguro para arroz, seguro para trigo, seguro para aveia, seguro para cevada, seguro para amendoim;
► Frutas: seguro para pomares de maçã, seguro para uva, seguro para banana, seguro para caqui, seguro para abacate, seguro para goiaba, seguro para laranja, seguro para melancia;
► Hortaliças: seguro para alface, seguro para tomate, seguro para repolho, seguro para pepino;
► Perenes: seguro para cana-de-açúcar (ou seguro canavial), seguro para café (também conhecido como seguro cafezal);
► Florestas: seguro para eucalipto, seguro para seringueira e seguro para pinus;
► Entre outras culturas, como seguro algodão (seguro algodoeiro), seguro para girassol;
Cada cultura tem particularidades em relação aos riscos, calendário agrícola e exigências técnicas específicas, o que influencia diretamente as coberturas disponíveis e os critérios de aceitação frente às seguradoras.
Diferenças do seguro por cultura
Produtores em todo Brasil entendem que cada cultura tem sua particularidade, do calendário agrícola ao cuidado com o plantio e armazenamento.
Nesse sentido, as características dos cultivos são determinantes para as avaliações de riscos e para estruturar a cobertura ideal para os produtores rurais.
Milho e soja: são culturas que exigem proteção principalmente contra seca, excesso de chuva e granizo. Chuvas torrenciais, geada e granizo também são particularidades climáticas enfrentadas no milho safrinha – como é conhecido o cultivo de milho após a colheita da primeira safra do grão.
Arroz: exige atenção com a variação hídrica, variação de temperatura e granizo. Algumas regiões exigem vistorias mais criteriosas.
Café: proteção contra geada, granizo, variação de temperatura, chuvas fora de época e seca para cafés não irrigados. O calendário e o manejo são mais longos.
Algodão: exige atenção redobrada em relação à sanidade da lavoura. Por vezes, pode envolver apólices mais técnicas.
O que é levado em conta na contratação do seguro?
Antes da contratação do seguro, algumas seguradoras exigem vistoria prévia da área ou o envio de documentos contendo informações sobre o histórico da propriedade, análise de solo ou registro georreferenciado da lavoura.
Essa análise irá identificar os riscos pelos quais as plantações estão expostas e determinar o valor da indenização – em caso de acionamento de sinistros.
É nesse momento que as necessidades específicas das culturas são avaliadas, onde também são identificadas situações em que o seguro não pode ser contratado, como:
● Área já plantada ou fora do período de contratação;
● Plantio em áreas com histórico de sinistros frequentes sem correção de manejo;
● Áreas recém desmatadas;
● Solos degradados;
● Plantios em desacordo com Zoneamento Agrícola;
Ou outros motivos pelos quais o histórico da área esteja em inconformidade com as regras da seguradora ou com as políticas relacionadas a questões ambientais, sociais e de governança do ESG (Environmental, Social, and Governance).
Como funciona o seguro para lavoura na prática?
Na prática, o seguro funciona com base em contratação antecipada, ainda antes do plantio, para que toda a área produtiva fique protegida ao longo do ciclo da cultura.
Caso ocorra um “evento coberto na apólice”, o produtor deve comunicar a corretora ou a seguradora. Feito isso, será encaminhado uma vistoria técnica para constatação do evento.
Posteriormente, uma nova vistoria é realizada para amostragem de perdas – quando a cultura estiver em ponto de colheita. Por fim, é realizada uma análise do sinistro e calculada a indenização devida.
Como funciona o processo de sinistro e amostragem de perdas?
Em caso de eventos significativos, o produtor deve comunicar imediatamente à seguradora ou à corretora.
Em seguida, será agendada uma vistoria técnica, onde será feita a amostragem de perdas — processo fundamental para validar a indenização.
Como comprovar perdas na lavoura:
Durante o acionamento do sinistro do seguro para lavoura, algumas comprovações podem ser requisitadas.
● Vistoria presencial com elaboração de laudos técnicos e arquivos de fotos e vídeos;
● Dados de produtividade esperada x obtida;
● Relatórios meteorológicos (em casos de eventos climáticos).
Por que é importante contar com um seguro personalizado?
Cada lavoura tem um comportamento diferente, e cada produtor enfrenta desafios específicos. É por isso que o seguro para lavoura precisa ser personalizado, e não tratado como uma apólice genérica. Uma consultoria técnica especializada consegue:
► Analisar os riscos reais da propriedade;
► Indicar coberturas adequadas ao tipo de cultura e região;
► Acompanhar o processo desde a contratação até o pós sinistro;
► Integrar o seguro agrícola a outras proteções (como seguros patrimoniais ou seguro de máquinas agrícolas).
Proteja sua lavoura com inteligência e suporte técnico
Investir em seguro rural não é custo: é estratégia para garantir a continuidade da produção, mesmo diante de um cenário climático instável e de riscos crescentes no campo.
Com apoio técnico, soluções customizadas e acompanhamento próximo, o seguro para lavoura se torna uma ferramenta de tranquilidade e estabilidade para o produtor, da semente à colheita.
Com os Seguros Lavoura da Alper Agro, você tem a proteção certa contra perdas durante todo o ciclo de vida da sua produção, do plantio à colheita.
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