Doença Celíaca: o desafio invisível que pode estar no seu prato

Celebrado em 16 de maio, o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença Celíaca é um alerta global sobre uma condição que afeta milhões de pessoas — muitas delas sem sequer saber. Estima-se que 1% da população mundial conviva com a doença celíaca, mas grande parte permanece sem diagnóstico, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra).

A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína presente no trigo, cevada, centeio e aveia. Quando pessoas com a condição ingerem glúten, o sistema imunológico ataca o revestimento do intestino delgado, comprometendo a absorção de nutrientes essenciais e gerando uma série de sintomas que, muitas vezes, são confundidos com outras doenças.

Os sintomas vão além do desconforto intestinal

Os sinais podem aparecer em qualquer fase da vida e variam muito entre os indivíduos. Os mais comuns incluem:

– Dores e inchaço abdominal
-Perda de peso e desnutrição
– Diarreia ou constipação crônica
– Anemia resistente ao tratamento
– Fadiga constante
– Osteoporose
– Atraso no crescimento em crianças
– Infertilidade ou abortos de repetição

Segundo o Ministério da Saúde, a doença pode afetar até mesmo o humor, gerando irritabilidade e até quadros de ansiedade em crianças e adultos, devido à inflamação crônica e má absorção de nutrientes como ferro, cálcio e vitaminas do complexo B.

O diagnóstico ainda é um desafio

O diagnóstico da doença celíaca requer atenção e um olhar clínico especializado. Em geral, ele é feito por meio de exames de sangue específicos (como os anticorpos anti-transglutaminase) e confirmação através de biópsia intestinal. É comum que os sintomas sejam atribuídos a outras condições gastrointestinais, como síndrome do intestino irritável, o que pode atrasar o diagnóstico em anos.Dados da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) indicam que, no Brasil, os casos têm aumentado — não apenas por maior incidência, mas também por um crescimento no número de diagnósticos graças ao aumento da conscientização.

O único tratamento: dieta 100% sem glúten

Não existe cura para a doença celíaca, e o único tratamento eficaz é a exclusão total do glúten da alimentação. Isso inclui evitar pães, massas, bolos, cervejas e outros alimentos que contenham derivados do trigo, cevada, centeio ou aveia.

Esse processo, embora desafiador, é essencial para evitar complicações sérias como desnutrição, infertilidade, osteoporose, e até mesmo câncer intestinal em longo prazo.

Com o avanço do mercado de produtos sem glúten e o apoio de nutricionistas especializados, é possível manter uma alimentação saudável, saborosa e segura para pessoas celíacas.

O papel da informação e da tecnologia na saúde preventiva

Na Alper Seguros, acreditamos que saúde de verdade começa com educação e prevenção. É por isso que investimos constantemente em iniciativas como o Você + Saudável, que leva informação acessível e atualizada.

Além disso, oferecemos uma plataforma de saúde completa: o Dr. Alper, um hub digital que permite o mapeamento da sua saúde física e mental, com acesso a profissionais, conteúdos personalizados e lembretes importantes — inclusive relacionados à alimentação e sinais de intolerâncias, como a celíaca.

Com o Dr. Alper, você pode monitorar sintomas digestivos, acompanhar indicadores de saúde, tirar dúvidas com especialistas e entender melhor o funcionamento do seu corpo. Afinal, quanto antes a gente identificar o que está errado, mais fácil é transformar a rotina e viver com bem-estar.

Informação salva vidas — compartilhe!

A Semana de Conscientização sobre a Doença Celíaca é um momento importante para levar conhecimento adiante. Quanto mais pessoas souberem identificar os sintomas e procurar diagnóstico, maior a chance de transformar vidas com uma simples mudança de alimentação.

Se você conhece alguém que convive com desconfortos digestivos recorrentes, anemia persistente ou sintomas sem explicação, compartilhe este conteúdo. Informação é o primeiro passo para o cuidado — e ninguém precisa passar por isso sozinho.

REFERÊNCIAS

Ministério da Saúde – https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/nutrisus/doencas-celiacas

Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (FENACELBRA) – https://fenacelbra.com.br

Organização Mundial da Saúde (OMS) – https://www.who.int

Biblioteca Virtual em Saúde – https://bvsms.saude.gov.br/16-5-dia-mundial-de-conscientizacao-sobre-a-doenca-celiaca/

Dráuzio Varella – https://drauziovarella.uol.com.br/alimentacao/doenca-celiaca-como-diagnosticar-e-tratar/

Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) – https://abran.org.br