Pós Pandemia e o aumento da crise de saúde mental: como essa questão pode influenciar dentro da empresa.

Durante o final do ano de 2019 e o início de 2020 a rotina do mundo todo foi obrigada a mudar instantaneamente e repentinamente. Muitos hábitos de rotina tiveram mudanças bruscas e com isso a adaptação do isolamento social foi instaurada. O que antes eram regido com pessoas unidas dentro do escritório, por exemplo, passou-se a ser tudo remoto e por meio de uma tela.

A adaptação, no entanto, partiu de ambas as partes, tanto da empresa quanto dos colaboradores, o que acabou desencadeando um volume de trabalho ainda maior, a dificuldade do colaborador em diferenciar suas horas de trabalho com suas horas de almoço, ou encerramento de turno, por exemplo. Causando então um colapso na saúde mental. A Organização Pan-Americana da Saúde afirmou recentemente que estamos vivendo uma pandemia de saúde mental em curso no continente, justamente em razão do aumento de doenças como depressão e ansiedade devido à Covid-19.

A responsabilidade e empatia das corporações é de extrema importância e para isso devemos estar preparados para auxiliar nossos colaboradores. Lembrando que segundo Norma Regulamentadora 7 que versa sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional do Ministério do Trabalho, estabelece diretrizes de proteger e preservar a saúde de seus empregados em relação aos riscos ocupacionais. Tal programa é obrigatório do ponto de vista Legal. Neste âmbito, junto com a Pandemia de COVID19 tornou mais evidente a demanda do cuidado das empresas para a Saúde Mental, que assim podem contribuir para melhorar a qualidade de vida de seus trabalhadores, dentro e fora do ambiente de trabalho e obter melhores resultados.

Mas afinal quais doenças têm relação com a saúde mental e o que a empresa pode fazer para prezar a saúde mental do seu colaborador?

A relação pode ser direta, indireta ou mista a depender da origem. Por exemplo, doenças endócrinas apresentam uma correlação direta com o processo de adoecimento mental, pois interfere na produção de substâncias químicas que geram bem-estar. Já as doenças oncológicas, podem por exemplo, influenciar indiretamente, em razão da por exemplo da reflexão sobre a vida que a doença por levar.  A mista é associação das duas origens.

Sobre o que a empresa pode fazer para prezar a saúde mental do seu colaborador existem inúmeros processos, destaco aqui os principais:

As empresas precisam considerar as condições de trabalho e para isto necessitam com frequência realizar o mapeamento de seus riscos sejam eles relacionados ou não ao trabalho. Selecionam as melhores ferramentas e técnicas de avaliação de riscos que sejam adequadas à operação ou circunstância em avaliação. A finalidade de identificar os riscos é de propor as medidas de prevenção e elaborar planos de contingência para mitigar o processo de adoecimento dos seus trabalhadores. Tais medidas devem ser apuradas com frequência para avaliação dos resultados e proposta de ajuste, se necessário. Por isso, um bom programa de saúde mental deve ser pensado.

Outra questão importante a ser levantada é sobre os hábitos prejudiciais ao equilíbrio mental dentro da empresa, como por exemplo: falta de atividade física, redes sociais em excesso, falta de foco e principalmente alimentação inadequada. Então se o colaborador está sentindo um início de ansiedade ou depressão é importante além de executar os pontos levantados acima, procure também um acompanhamento de um profissional na área da saúde mental como psicólogos e terapias.